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17 de Maio. Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia

Atualizado: 15 de ago. de 2023

Você é um dos que ainda pensam que homossexualidade, bissexualidade e transexualidade são doenças ou falta de caráter? Esteja informado, renuncie aos preconceitos e viva de forma consciente e feliz.


Young woman works from home

O Dia Internacional Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia (em inglês: “International Day Against Homophobia, Transphobia and Biphobia”) foi criado em 2004 a fim de chamar a atenção da sociedade no mundo todo para a violência, discriminação e preconceito sofridos por pessoas LGBTQIA+, e as consequências decorrentes desse grave problema.

A data de 17 de maio foi escolhida para comemorar e destacar a decisão da Organização Mundial da Saúde, ocorrida em 1990, de desclassificar a homossexualidade como um distúrbio mental da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).

Todos sabemos que o suicídio está entre as principais causas de mortes no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cada 40 segundos, uma pessoa se suicida.

Esse gravíssimo problema de saúde pública mundial, que tanto preocupa as autoridades e especialistas da área, apresenta um quadro ainda pior quando se trata da população LGBTQIA+.

Vejamos, abaixo, alguns dados.

Adultos LGBTQIA+ têm um risco duas vezes maior de tentativas de suicídio em comparação com outros adultos. Entre os adultos transgêneros, o percentual de tentativas de suicídio é de 40%.

Estudos também indicam que o risco de suicídio nas pessoas LGBTQIA+ é ainda maior durante sua adolescência e por volta dos 20 anos. Nos EUA, o suicídio é a 2ª principal causa de morte de jovens entre 10 e 24 anos. Quando falamos de jovens LGBTQIA+, a coisa fica mais alarmante ainda: jovens LGBTQIA+ pensam três vezes mais em suicídio que jovens heterossexuais e têm cinco vezes mais chances de tentar de fato o suicídio.

Pesquisas também foram feitas sobre a população de idosos LGBTQIA+, mostrando que a taxa de tentativas de suicídio nesta população é mais alta que entre outros idosos. Concluiu-se que uma longa vida enfrentando dura estigmatização teria sido o fator decisivo para essa taxa maior.

Esses estudos encontraram vários fatores associados ao comportamento suicida entre pessoas LGBTQIA+, incluindo: isolamento de familiares e amigos; histórico de problemas de saúde mental (por exemplo, depressão e ansiedade); transtornos por uso de substâncias lícitas e ilícitas (álcool e outras drogas); e vitimização (por exemplo, ser vítima de bullying e de abusos).Todos esses fatores de risco decorrem do que é designado como “minority stress” ou “estresse de minorias”. Os estresses sofridos de forma crônica por minorias, em decorrência de uma vida inteira de não-aceitação, rejeição, discriminação, estigma e violência, contribuem para que essa população tenha risco aumentado em sua saúde física e mental em relação ao restante das pessoas.

Apesar do crescente número de campanhas de conscientização a respeito dos problemas sofridos por essa população, uma grande parte dos indivíduos LGBTQIA+ continua enfrentando assédio, discriminação, violência e preconceito praticados por amigos, familiares, colegas, em casa, nos locais de trabalho, nos templos religiosos, nas escolas, em locais públicos (restaurantes, hotéis, mercados, lojas, teatros etc.) e estabelecimentos de saúde.

Um estudo feito pelo “The Trevor Project”, maior organização do mundo relacionada à prevenção de suicídio na população LGBTQIA+, mostrou que, para um jovem LGBTQIA+, a existência de um adulto próximo que o aceitasse e o acolhesse diminuiria em 40% a chance de uma tentativa de suicídio.

Por isso, todos que possuímos como valor fundamental a vida, temos por obrigação estar abertos ao acolhimento aos seres humanos que enfrentam tais adversidades em sua existência, auxiliando como pudermos para que essas vidas sejam salvas.

Os cristãos de todas as designações religiosas temos uma razão a mais para nos preocuparmos com esses nossos irmãos: o dever que Jesus nos atribuiu exarado no “dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros, tal como eu vos amei”. (Evangelho de João 13:34).

O Reino de Deus é erigido dentro de nós quando respeitamos a todos, quando nos importamos com todos, quando acolhemos a todos, quando amamos, quando salvamos vidas.

Cristãos de todo o mundo: sejamos verdadeiramente cristãos!

Irmãos em Humanidade de todo o mundo: sejamos verdadeiramente humanos!



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